É bem provável que você já tenha visto algum filme, propaganda ou imagem que mostre a Realidade Virtual sendo usada para entretenimento e outras funções. Mas você já parou para pensar em como essa ferramenta pode trazer benefícios a saúde mental?
Eu trabalho com a Realidade Virtual com vários pacientes e sempre tive resultados muito positivos. Por isso resolvi gravar esse vídeo para explicar o efeito positivo do uso dessa tecnologia.
Para isso, vou te contar um pouco sobre alguns estudos e pesquisas realizadas com essa ferramenta.
Fonte: https://www.eurekalert.org/pub_releases/2020-04/sfn-vrm041420.php
Neste estudo os participantes usaram a Realidade Virtual para assistirem uma animação onde um homem abusava verbalmente de uma mulher sobre duas perspectivas:
1 – Em primeira pessoa, como se fosse a mulher sofrendo o abuso
2 – Como um espectador da cena
Como resultado, pessoas que vivenciaram a personificação em primeira pessoa identificaram o corpo da mulher como seu próprio e demonstraram atividade cerebral sincronizada nas redes de espaço pessoal e propriedade corporal. Além disso, mostraram forte atividade sincronizada em partes da percepção de ameaça de processamento cerebral quando o homem se aproximou
Conclusão do estudo:
Esse estudo mostrou que a Realidade Virtual é capaz de contribuir para o desenvolvimento da empatia, uma característica capaz de ajudar muito as relações interpessoais, e, por consequência, a saúde mental dos envolvidos.
Fonte: https://www.eurekalert.org/pub_releases/2018-10/asoa-ssp100318.php
O segundo ponto envolve dois estudos.
1 – O primeiro estudo analisou 21 crianças que passaram por cirurgias. 10 usaram a Realidade Virtual e 11 não.
2 – O segundo estudo, analisou mais de 600 pacientes, com idades entre 6 e 18 anos, que receberam um novo jogo de realidade virtual (VR), onde o usuário ou médico consegue reorientar o jogo em tempo real e ajustar a carga cognitiva para aumentar sua capacidade de distrair os pacientes, de modo que sua percepção da dor é diminuída.
Conclusão dos estudos:
O primeiro, descobriu que a Realidade Virtual que induz um estado hipnótico é capaz de ajudar na ansiedade e dor pré-operatórias em crianças. O segundo estudo sugeriu que um novo programa de realidade virtual que tem a capacidade de ajustar a carga cognitiva (a quantidade de informação que está sendo processada) e reorientar a exibição do programa quando uma criança muda de posição durante procedimentos médicos pode reduzir sua ansiedade e percepção de dor.
Fonte: https://www.eurekalert.org/pub_releases/2016-02/mali-cvr022316.php
Trata-se de um compilado de estudos que demonstram como a Realidade Virtual é capaz de interferir positivamente na visão da pessoa em relação ao seu corpo. Como ela se enxerga e se sente com seu peso.
São vários artigos que mostram a relação da imagem distorcida que alguns tem sobre seu corpo que geram transtornos alimentares.
Conclusão dos estudos:
A Realidade virtual mostra-se, mais uma vez, uma ferramenta capaz de reconstruir pensamentos que fazem mal a saúde mental. Por meio dela, conseguimos, de forma lúdica, modificar a relação do paciente consigo mesmo e com seu corpo – e como ele o percebe.
Fonte: https://www.eurekalert.org/pub_releases/2020-01/mali-uvr012820.php
1 – A revista Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking, publicou um artigo que conta o relato de pesquisadores que usaram um dispositivo iPhone e Google Cardboard para realizar uma intervenção em realidade virtual uma vez por semana durante 3 semanas para cada criança com TEA.
2 – Outro artigo descreveu um estudo no qual uma ferramenta de realidade virtual tem o objetivo de reduzir o estigma associado aos sintomas de TEA e sobrecarga sensorial.
Conclusão sobre os estudos:
Essa revista mostrou que a Realidade Virtual tem resultados positivos em campos específicos, como é o caso da TEA. As informações apontam para uma melhoria na socialização e desenvolvimento de atividades após o uso da tecnologia da Realidade Virtual, mostrando a eficácia da ferramenta na saúde mental.
Todos enfatizam a efetividade de uma ferramenta relativamente nova em nosso meio. Esse interesse em estudar e testar a ferramenta demonstra o potencial que ela tem para o ambiente da saúde mental!
Por isso, quando pensar em Realidade Virtual, não conecte ela apenas com o entretenimento. Pense nestes estudos e nas inúmeras ajudas que essa tecnologia poderá fornecer à medida que evoluí.
Eu acredito tanto no poder da ferramenta, que me tornei sócia do TF Mind, um software que ajudará profissionais a usarem a Realidade Virtual em seus atendimentos de forma muito simples e acessível. Você pode conhecer mais sobre essa ferramenta clicando aqui.
E você, acredita na Realidade Virtual como ferramenta de transformação?